O novo arcabouço fiscal, anunciado na quinta-feira (30/03) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, mobilizou o Twitter com forte divisão entre os que foram favoráveis e os desfavoráveis à proposta.
Entre as cerca de 22 mil postagens que mencionaram a nova medida, entre a quinta e esta sexta-feira (31/03), 51,5% manifestaram posicionamento neutro, 25,5% se posicionaram positivamente diante das novas regras e 23% negativamente. Ao todo, 12,6 mil usuários postaram sobre o arcabouço fiscal dentro do período de análise. Os dados são da Vox Radar, empresa especializada no monitoramento das redes sociais.

O que se falou sobre o arcabouço fiscal
Entre os subtemas mais abordados, a liderança foi dos impostos, sobretudo por conta da fala de Haddad de que é preciso fazer “quem não paga imposto passar a pagar”. Ao todo, foram 90,6 mil interações sobre impostos dentro dos conteúdos que mencionaram o arcabouço fiscal. Em seguida, com 58,3 mil interações, houve destaque para o “mercado”, levando em conta também termos como “bolsa” e “dólar”. Essas interações estiveram relacionadas, sobretudo, à alta da Ibovespa e queda do dólar após a divulgação da nova âncora fiscal.

Em contexto similar, mas com conteúdos diversos, o termo “economia” esteve presente em 40,3 mil interações relacionadas às novas regras. Já “inflação” somou 21,2 mil interações, boa parte em conteúdos negativos, relacionados ao temor de aumento da inflação em função das novas medidas apresentadas pelo governo.
Entre os políticos, o mais mencionado em conteúdos que citaram o arcabouço foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seguido pelo presidente Lula.

As publicações sobre o tema foram compartilhadas 63,6 mil vezes e contaram com aproximadamente 12,8 mil comentários e 525 mil likes.

O pico de interações ocorreu entre meio-dia e 13h da quinta-feira, na repercussão imediata à coletiva de imprensa realizada pelos ministros de Lula.

Já em termos de gênero e geolocalização de quem falou, há ampla presença de perfis identificados como masculinos e participação significativa da cidade de São Paulo no debate sobre o arcabouço fiscal.

